O QUE É?
Em sentido amplo, Realismo é uma atitude de percepção dos fatos como eles são, sem mistificações. Neste sentido, pode-se encontrar realismo em qualquer obra de qualquer época.
QUANDO SURGIU?
Como estilo literário, o Realismo surge na França, na segunda metade do século XIX, com a publicação de Madame Bovary (1857), de Gustave Flaubert. Em oposição ao Romantismo, o realismo emerge da necessidade de retratar o homem em sua totalidade, e não de forma idealizada e sonhadora.
QUAIS FORAM AS INFLUÊNCIAS?
O Realismo na Literatura foi influenciado por inúmeras correntes filosóficas da época. O Positivismo, de Augusto Comte, trouxe a ideia de que apenas o conhecimento oriundo da ciência é válido. O Determinismo, de Hipólito Taine, parte da ideia de que o comportamento do homem é regido por três forças fatalistas: o meio, a genética e o momento histórico. A influência do meio sobre o homem também é acentuada pelo Darwinismo, de Charles Darwin, segundo o qual a natureza seleciona os indivíduos mais fortes, eliminando os mais fracos.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
– Objetivismo: A obra realista é centrada no objeto.
– Senso de observação e análise: O objeto da obra é submetido à mais criteriosa e minuciosa análise para que se alcance a veracidade na arte.
– A arte documental: Os realistas são documentais e buscam a veracidade das informações.
– Universalismo: No Realismo, a proposta é documentar aquilo que é perene e universal na condição humana.
PRINCIPAIS AUTORES
Em Portugal, destacam-se na poesia realista Antero de Quental, Cesário Verde e Guerra Junqueiro. Eça de Queirós é considerado o ficcionista mais importante da prosa realista portuguesa. No Brasil, o autor de maior destaque foi Machado de Assis, que revela sua genialidade em romances de profunda reflexão e forte crítica social.
Confira um soneto de Antero de Quental.