Cerca de dez anos atrás, criei o blog Pseudofilosofia, minha primeira experiência com publicações online. O blog tinha como objetivo a divulgação de poemas, prosas poéticas e algumas crônicas. Naquela época, estava ainda movido pelos eflúvios juvenis e pelo ego inflado (quando começamos a escrever poemas, tendemos a pensar que nossos versos são os melhores do mundo). O Pseudofilosofia me trouxe muitos arrependimentos e alguns aprendizados. Uma coisa boa foi ter conhecido o blog de Herculano Neto.
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Roberto Mendes – Chula e Protofonia
Selecionamos abaixo dois vídeos de Roberto Mendes.
No primeiro deles, temos um belíssimo clipe do projeto Protofonia do Recôncavo – coletânea de chulas.
Roberto Mendes: Tradição e Tradução
“A gente só se encontra no outro. Vivemos numa encruzilhada porque vemos a imagem refletida, não a imagem real. A palavra comum aprisiona; a poesia liberta.”
Esses pensamentos expressam parte da visão de mundo de Roberto Mendes – um dos maiores expoentes da música do Recôncavo Baiano.
“é chula de Santo Amaro, palma de bater na mão”
Entre uma e outra reflexão profunda, chamam nossa atenção sua desconcertante simplicidade, seu jeito e riso santo-amarenses. Só pode ser assim quem verdadeiramente vive Santo Amaro. Isso mesmo: vive como transitivo direto.
Ao Nosso Amor – Raymundo de Salles Brasil
– Falávamos nós dois, de quê, há instantes?
– Falávamos do amor, da eternidade
Do verdadeiro amor de dois amantes;
Falávamos de nós, não é verdade?
– É, sim, verdade, amor, que, mais do que antes,
Vai-se firmando, agora, esta amizade,
Na mais gigante Rocha, entre as gigantes…
Destruí-la! – que força ou tempestade?
Aniversário – Roberto Mendes
Santo Amaro: 3 canções
Hoje, 13 de março, minha cidade natal (Santo Amaro/BA), da qual tenho imenso orgulho, completa 180 anos de emancipação política. Como forma de homenagear essa cidade que tanto me deu em cultura, música e poesia, apresento aqui três canções de alguns conterrâneos ilustres.

Professor Nestor – Artigo de Jorge Portugal
Essa história Mabel Velloso contou aos meus 14 anos: Caetano, ainda adolescente, estudava no Ginásio Teodoro Sampaio quando, um dia, o professor de Português recitou, com belíssima voz de poeta, um poema de sua autoria intitulado Ciclo. O garoto, atento, copiou o texto, levou-o pra casa, sentou-se ao piano e desenhou uma melodia para os versos. Nascia ali a primeira composição do futuro gênio da MPB. Nome do professor: Nestor Oliveira.
Mas não foi apenas Caetano Veloso que ele inspirou. Na verdade, professor Nestor Oliveira foi farol de umas duas gerações e de uma cidade inteira. Até hoje, se você, leitor(a), conversar com algum santamarense de prosa cativante, concordância e regência impecáveis, conhecimento literário acima da média, e lhe perguntar em que instituto de letras estudou, receberá a pronta resposta: eu fui aluno(a) de professor Nestor!